O pais dos burros: edição ampliada é um bom companheiro de quem escreve, traduz e edita textos para livros
O volume de 240 páginas, 12 x 18 em capa flexível apresenta a coleção de frases feitas e lugares-comuns, de “De A a Z” à “Zona do agrião”, que o jornalista e escritor Humberto Werneck fez ao longo de quatro décadas de observação e divertimento.
São aquelas formas de dizer algo consagradas pela farta repetição no cotidiano. Habitam conversas de elevador e encontros breves nas ruas e corredores (às vezes, vestindo mantos de sábios gregos). Mas também “dão as caras” em textos jornalísticos e literários. Por mais que nestes a busca seja pelo dizer mais próprio e inventivo, o lugar-comum “escapa milagrosamente”.
Werneck alerta que não bolou esse livro, publicado pela Arquipélago Editorial, para que fosse uma “caça às bruxas”. Está mais para uma divertida conversa que serve para sermos mais conscientes de quando estão “inseridos no contexto” ou mereçam “profundo desprezo”. “Não se ofenda nem se avexe se encontrar aqui alguma ou muitas de suas expressões prediletas”, escreve o autor no prefácio.
“Eu gostaria que O pai dos burros […] fosse uma incitação à reciclagem criativa de expressões que só se gastaram por terem sido, um dia, luminosos lugares-incomuns.” – Humberto Werneck
Aqui, uma breve lista com cinco dessas expressões do livro:
- Lembrar-se como se fosse ontem
- Ser uma enciclopédia ambulante
- Receber de braços abertos
- Situação sob controle
- Ter um trágico fim