TRECHOS: Érico Assis, tradutor de livros e HQs, professor de tradução na LabPub, defende que traduzir é escrever
“Para dizer que traduzir é escrever, não é necessário abrir nem um livrinho de teoria da tradução. É uma questão da Física. Se Éric Sentadeau escreveu ‘je t’aime” e eu traduzi por ‘eu te amo’, quem escreveu ‘eu te amo’ não foi Sentadeau. Fui eu. A frase dele começa com ‘j’, a minha começa com ‘e’. A dele tem um apóstrofo, a minha não. Sentadeau nunca aprendeu uma palavrinha de português e seus dedos não formariam ‘eu te amo’ no teclado nem por acaso. ‘Eu te amo’ saiu do meu teclado” – Érico Assis
O trecho está no texto “Tradutor, Escritor, Palavrinhas, Quadrinhos”, publicado no livro Balões de pensamento 2: Ideias que vêm dos quadrinhos (Balão Editorial, 2022). É o segundo volume de textos publicados por Érico Assis, em veículos diversos.
E aí, o que você acha? Traduzir um livro é escrever um livro? É outro livro ou o mesmo, em outra língua?
O texto parte citando afirmações de outro tradutor muito reconhecido no Brasil atualmente, Caetano Galindo. Ele segue fazendo um exercício de pensamento muito ousado, considerando as traduções de Histórias em Quadrinhos. E na nota final afirma que esse texto é sobretudo uma provocação.
A próxima turma do CURSO PRÁTICO DE TRADUÇÃO DE LIVRO INGLÊS-PORTUGUÊS, com Érico Assis, começa em 21 de março de 2023.